Diante da necessidade de produtos complementares de fácil utilização para prevenção de cáries, pesquisadores desenvolveram uma goma de mascar com micro-organismos probióticos microencapsulados que apresentam atividade anticariogênica. O projeto foi objeto da tese de doutoramento da pesquisadora Nadiége Dourado Pauly-Silveira, da Unesp, em Araraquara (SP).
Atualmente, encontram-se disponíveis no mercado gomas de mascar não cariogênicas, isto é, sem adição de açúcares, mas não anticariogênicas, como se apresenta a nova tecnologia.
Gomas que não possuem açúcar simplesmente não contribuem para o desenvolvimento da cárie, uma vez que os carboidratos são substratos para as bactérias causadoras da cárie.
O mercado brasileiro de goma de mascar movimenta U$ 1,3 bilhão, devendo atingindo um valor superior a U$ 1,5 bilhão em 2013. O novo produto é destinado para as crianças que ainda apresentam dentição não permanente e também aos pré-adolescentes e adolescentes, os quais representam o principal segmento consumidor de gomas de mascar. Porém, existe uma expectativa de aumento de consumidores adultos com o surgimento no mercado de um produto com alegação funcional, ou seja, com capacidade de inibir o desenvolvimento da cárie dental.
Qualquer indústria produtora de goma de mascar poderia fabricar o produto anticariogênico, uma vez que o micro-organismo microencapsulado entraria apenas como mais um ingrediente da formulação. Portanto, teoricamente não haveria a necessidade de grande reformulação no processo de produção.
A tecnologia já passou por alguns testes e foi possível constar que a goma ao ser mastigada libera a cepa probiótica na saliva do consumidor, inibindo o desenvolvimento do S. mutans, principal bactéria que causa a cárie.