No mundo, existem mais membros de cooperativas que acionistas de sociedades de capital, segundo o relatório “Global Business Ownership 2012”, encomendado pela Organização das Cooperativas do Reino Unido (Coopeeratives UK). O número de pessoas ligadas a cooperativas chega a 1 bilhão, bem acima do número de acionistas de empresas com capital, que é 328 milhões, aponta o estudo. “As cooperativas estão aproveitando o momento que a economia mundial oferece e conquistando um maior espaço econômico e social”, avalia o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas.
Para Freitas, o grande diferencial do cooperativismo é ser formado por organizações de pessoas. “Estamos falando de um movimento que valoriza e prioriza o capital humano e não o lucro. Logicamente que, ao ser constituída, a cooperativa atende às necessidades sociais, mas também econômicas de um grupo. Afinal, tem o objetivo de gerar trabalho e renda com inclusão social”, ressalta. Além destas questões, Freitas argumenta que o cooperativismo é uma atividade socialmente responsável, que promove naturalmente o desenvolvimento sustentável, gerando crescimento para as comunidades onde está presente.
Entre os países do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – existem quatro vezes mais sócios de cooperativas do que acionistas diretos. Cerca de 15% da população são membros de cooperativas, enquanto apenas 3,8% são acionistas.
A pesquisa aponta que no Reino Unido, 14,9% da população é proprietário de ações.Número inferior aos 21,1% dos que são sócios de uma cooperativa. Na Irlanda, por exemplo, 70% das pessoas são membros de cooperativas, seguido da Finlândia, 60% e Áustria 59%. Ou seja, nos três países europeus, mas de 50% da população é ligada a cooperativas. As três maiores populações cooperativista estão localizadas na Índia (242 milhões) China (160 milhões) e EUA (120 milhões). Um em cada cinco pessoas nas Américas são membros de uma cooperativa.
(Fonte: OCB)