A criança caiu e quebrou o dente. Quais são as consequências? “Além das perturbações físico-somáticas desencadeadas pelo trauma, também produz desequilíbrio psíquicos nas crianças ou adolescentes e nos pais”, diz a drª. Juliana Pedrine Dias Aguiar, cirurgiã-dentista que atua em odontopediatria.
O atendimento de urgência consiste em detalhar ao dentista o trauma: como, quando e onde ele ocorreu. Em caso de perda do dente, alguns sintomas podem surgir: irritabilidade, vômito e a letargia até três dias após o trauma.
O exame de radiografia torna-se necessário em casos de traumatismo para auxiliar no diagnóstico, avaliando possíveis fraturas radiculares e ou ósseas. Casos em que houver corte no lábio com fratura do dente e que o paciente relata não ter encontrado o fragmento, é importante fazer a radiografia do lábio, para verificar se o fragmento não está alojado em seu interior.
Existem faixas etárias em que ocorrem este trauma com maior frequência? A drª. Juliana Aguiar diz que é muito comum em lactentes e pré-escolares. “Cerca de 30% de crianças em fase do dente de leite sofrem lesões traumáticas na região buco facial”. Ela lembra que o grupo de maior risco são as crianças entre 1 a 3 anos, sendo maior nos meninos. “Depois dos 12 meses, a criança inicia os primeiros movimentos independentes, aprendendo caminhar e ainda não desenvolveu a coordenação motora suficiente que permita movimentos precisos e seguros capazes de evitar quedas e habilitá-las na autoproteção”, diz.
Os dentes mais acometidos são os incisivos centrais seguidos pelos laterais, sendo frequente traumatismo dentários múltiplos, ou seja, que envolva vários dentes ao mesmo tempo. As causas, em geral, são quedas e colisões acidentais. Em qualquer caso, nunca deixe de procurar um cirurgião-dentista.
Drª. Juliana Pedrini Aguiar
